Já sem perfume de flores,
depois de um deserto estio,
saram, na alma,as dores,
deste nosso sentir esguio.
Sou apenas folhas caídas,
do meu eu, sem ti, desnudo,
manto de emoções traídas,
que liberto num grito mudo.
Se o Inverno, a ti, me levar,
nas longas asas de um condor,
pode o corpo enfim repousar,
neste nosso sereno amor.
Autora: Raquel Botellero
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