Talvez, você me odeie. Talvez, você me ame para sempre. Não sei.... Talvez, você nunca tenha sentido nada e eu tenha inventado tudo. Talvez, você nunca quis se apaixonar por mim. Talvez, você deseje gritar para todo mundo que eu sou sua. Só sua...
Talvez, você goste mesmo das minhas imperfeições. Talvez, você não resista a minha boca, ao meu olhar ingênuo e ao meu cabelo desajeitado deslizando pelos meus ombros.
Talvez, você até queira sair com outras garotas. Mas, você no fundo, tudo o que mais quer é só ser amado dessa maneira real por mim.
Enquanto alguns momentos são completamente alterados, outros são imensamente doces, momentos de paz. Você me odeia, eu te adoro. Eu falo, você dúvida. Eu te odeio, você me ama. E é assim, na maioria das vezes, quando um liga o outro não atende. Porque talvez, a gente seja muito mais parecidos do que imaginamos.
Talvez, haja um motivo para a gente estar um na vida um do outro, desses que marcam mais do que qualquer outra coisa. E a gente nem sabe, nem desconfia.... Quando eu penso em não pensar em você, alguma coisinha boba, me faz lembra de você de novo. Então você ganha.... Penso em você outra vez. Então corro para seus braços. Outras vezes, sou mais forte, não te chamo, não te procuro, não deixo certas coisas de lado para me render a essa vontade. Aí é revanche, meu orgulho ganha. Eu ganho. E a gente se perde.
Talvez você também esteja pensando em mim e deixando o seu orgulho vencer. E talvez você se sinta um vencedor, mesmo sabendo que nossa felicidade perde. Mas nós dois continuamos jogando um contra o outro. E somos os melhores adversários que alguém já poderia ter visto, nesse jogo de amor.
E que nunca ninguém nos fez se esforçar tanto, suar tanto, desejar tanto. E talvez você queira me encontrar agora. Talvez você queira até me buscar para comer um hot-dog num calçadão numa noite de domingo. Talvez você continue amando em silêncio absoluto os momentos em que estivemos juntos.
Mas, o talvez, nos pertence agora. E a certeza já nos escapou há algum tempo. O maior problema de tudo isso... é que o talvez é cruel e ameaçador. E a certeza não costuma voltar atrás e nem destrancar a porta!
Marcelina Antonietti